Através da música querem alertar para o problema da habitação. O ponto de partida foram os 50 anos do 25 de abril.
“Se abril se cumprisse, o nosso teto não era a rua. Alguma coisa está a acontecer para estarmos a viver na rua, ninguém é feliz a viver num equipamento. As pessoas não nasceram para viver em equipamentos, as pessoas nasceram para realizar os seus sonhos, para exercer os seus direitos e desenvolver o seu potencial”, disse José António Pinto, assistente social da junta de freguesia de Campanhã.
“O objetivo é acordar as pessoas para algo que achamos que é um bem essencial para todos, independentemente da classe social, o direito a um teto penso que é um direito humano”, explica Sandra Sousa, utente de albergue.
Vivem em albergues do Porto e ao todo 25 participam no projeto. A ideia partiu de 4 técnicos sociais. Uma vez por semana, tocam e cantam a revolução e esquecem as adversidades.
“Dá-nos aquela pica de vivermos bem, andarmos para a frente e esquecermos às vezes certas coisas que nos tocam e acho que a música é um medicamento”, explica Bernardino Ferreira, utente de albergue
Ao poder terapêutico menos convencional do projeto, soma-se a ambição de chegar a todo o país. Esta sexta-feira, há concerto no espaço Mira, no Porto. O grupo gravou um álbum, oferta do estúdio portuense ARDA, para que a mensagem nunca se cale.