A Agência para a Modernização Administrativa (AMA) contratou a Claranet II Solutions por quase 193 mil euros. Uma empresa especialista em tecnologia para lidar com o ataque informático. O contrato tem prazo de execução de 15 dias e um valor que ultrapassa o limite estabelecido para ajustes diretos.
Mas há exceções, e neste caso a justificação, noticiada pelo jornal Público, consta no portal base que regista todos os contratos que envolvem entidades públicas.
A contratação é justificada "por motivos de urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis (...)" com o objetivo de "evitar um novo ataque" considerando "a vulnerabilidade dos sistemas".
Quanto ao ataque em si, pouco se sabe. O incidente deixou vários serviços digitais do Estado sem acesso, alguns deles ainda por recuperar. Na saúde, os médicos deixaram de conseguir passar receitas eletrónicas e de assinar documentos digitalmente. Quem tinha escrituras para fazer também ficou em suspenso por causa da falta de acesso aos serviços.
Os especialistas alertam que a escolha de uma palavra passe é fundamental para garantir a segurança das contas. Avisam que se deve evitar palavras mais simples e datas de aniversário. A polícia judiciária está agora investigar o incidente.