País

Agente da PSP que disparou contra homem na Cova da Moura vai entrar em período de férias

O polícia que disparou contra o homem que acabou por morrer, na Cova da Moura, já foi ouvido pela Polícia Judiciária (PJ) e constituído arguido, mas vai entrar num período de férias.

Loading...

Aarma de serviço já está mãos da Polícia Judiciária (PJ), para ser analisada. À SIC, a PSP explicou que o agente, que esta terça-feira ainda esteve a colaborar com a investigação, vai agora entrar num período de férias. O polícia foi constituído arguido e ouvido pelos inspetores da Polícia Judiciária (PJ) que estão a investigar a morte a tiro do homem, de 43 anos, na Cova da Moura.

A PSP confirmou, entretanto, que foram feitos quatro disparos, depois de uma perseguição que terminou dentro do bairro.

"O indivíduo terá resistido à detenção e terá ameaçado os polícias com uma arma branca, sendo que a determinada altura os polícias terão, além de outras ordens e de outros esforços que foram feitos para conseguir proceder à manietação e à detenção deste cidadão, foram também efetuados dois disparos para o ar de advertência, que não surtiram o efeito desejado e, tendo em conta a ameaça iminente com uma arma branca, um dos polícias fez dois disparos na direção do cidadão, tendo-o atingido", referiu Sérgio Soares, porta-voz da PSP, em entrevista à SIC Notícias.

Numa audição, no Parlamento, a ministra da Administração Interna foi confrontada também com os desacatos no bairro do Zambujal, na Amadora, onde morava a vítima mortal. Margarida Blasco recusou associar os dois casos.

O regime sublinha que só é permitido o uso de arma de fogo por um agente da autoridade em caso de absoluta necessidade, como medida extrema e após ter sido dada uma advertência clara, como é o caso de um tiro disparado para o ar.

Além disso, ainda segundo o regime, o agente deve esforçar-se por reduzir ao mínimo as lesões e danos e preservar a vida humana.