O 25 de Novembro vai ser comemorado numa sessão solene no Parlamento semelhante à do 25 de Abril. O modelo teve a aprovação da maioria de direita: PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal.
Os cravos serão substituídos por outra decoração, mas, de resto, a cerimónia será idêntica. Honras militares, hino nacional, discursos (embora mais curtos) de partidos, Presidente da República e presidente da Assembleia da República, além de convites para o Regimento dos Comandos, António Ramalho Eanes e para a família de Mário Soares.
Uma sessão solene sem consenso partidário, que contou apenas com os votos a favor da maioria de direita - PSD, Chega, Iniciativa Liberal e CDS, os redatores do projeto para a sessão solene.
Paulo Núncio, do CDS, defende que o 25 de Novembro foi “um dia crucial que consolidou a democracia pluralista e evitou o totalitarismo e a deriva radical”, pelo que “merece o seu lugar”.
Mariana Leitão, da Iniciativa Liberal, diz que é com “grande satisfação” que o partido vê a comemoração da data na Assembleia da República.
Para o Chega, trata-se de “uma grande vitória da direita portuguesa”, porque, alega, “a verdadeira democracia foi no dia 25 de novembro que foi instaurada em Portugal”.
Na conferência de líderes,PS, Bloco de Esquerda e Livre estiveram contra o formato. O PCP esteve mesmo contra a realização de qualquer tipo de sessão e nem quis fazer parte do grupo de trabalhoque discutiu a cerimónia.