Os trabalhadores não docentes de Sesimbra protestaram, esta manhã, em frente à autarquia. Exigem um aumento dos salários e a valorização das carreiras.
A chuva não travou o protesto. “Vergonha” e “respeito” foram algumas das palavras que se fizeram ouvir, entre os trabalhadores não docentes do concelho de Sesimbra.
Francisco Clemente Pinto, do Sindicato de Professores, de Técnicos Superiores, de Assistentes Técnicos e Operacionais (Sinape), explica que os funcionários exigem formação, a avaliação do trabalho (traduzida em pontos) e o fim da remuneração equivalente ao ordenado mínimo nacional.
“Atinge-se pessoas com 25 a 30 anos de serviço com o ordenado mínimo”, contesta.
A concentração reuniu dezenas de auxiliares, assistentes operacionais e técnicos superiores em frente à Câmara Municipal de Sesimbra.
“Nós somos tratados como números, não somos tratados como pessoas. Infelizmente, é assim”, reclama uma trabalhadora não docente.
“Um dia destes, não têm profissionais”
O sindicato insiste que as câmaras municipais têm de, junto do Governo, “lutar pelos seus trabalhadores”.
“Não podem continuar com estas remunerações. Um dia destes, não têm profissionais”, avisa Francisco Clemente Pinto.
“O Governo prometeu-nos abertura de negociações a partir de setembro, mas já começa a fazer como os outros governos: empurrar com a barriga para a frente”, critica o sindicalista, sublinhando que, no Orçamento do Estado para 2025, não há qualquer referência a mudanças para os assistentes operacionais.
Caso não haja conversações com as autarquias e com o Governo, os trabalhadores ameaçam continuar a paralisar as escolas. Prometem lutar pela valorização da carreira, para que seja atrativa para novos profissionais.
“Se não houver um arrepiar de caminho, é evidente: fechamos as escolas todas”, adverte o sindicato.