O Presidente da República afasta, para já, um cenário de eleições antecipadas na Madeira. Marcelo Rebelo de Sousa diz que é preciso esperar primeiro pela votação da moção de censura apresentada pelo Chega.
“Não devemos pôr a carroça à frente dos bois”, disse esta quinta-feira o Presidente, acrescentando que, mediante o resultado da votação, o Representante da República “atuará em conformidade”.
Questionado sobre eventuais cenários de governação, Marcelo também prefere não se pronunciar, sublinhando que esta é a “fase de esperar”.
Na quarta-feira, o Chega apresentou uma moção de censura ao Governo da Madeira. Em causa estão os processos judiciais de que quatro secretários regionais são alvo.
Para o Chega, as investigações judiciais envolvendo responsáveis políticos, como as operações "Zarco" e "AB INITIO" ou o processo conhecido esta semana que envolve o secretário da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, "não surgem todos como meros episódios esparsos de fiscalização da justiça".
No seu entender, são "marcos fundamentais que revelam uma intrincada e dissimulada rede de relações promíscuas, corrosivas e absolutamente lesivas do interesse público".