O Presidente da República não quis, esta sexta-feira, pronunciar-se sobre se a ministra da Saúde tem ou não condições para se manter no cargo, depois de ter sido conhecido que Ana Paula Martins podia ter evitado a greve do INEM, mas não o fez.
Questionado pelos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que o importante é que a “questão [do INEM] seja resolvida rapidamente”.
“Eu mantenho aquilo que disse. O que é fundamental é que a questão seja resolvida rapidamente. Nós temos de pensar do ponto de vista das pessoas, do ponto dos portugueses e das portuguesas e, portanto, seja rápida a resolução do problema.”
Sobre o assunto, foi ainda questionado sobre um possível afastamento de Ana Paula Martins do cargo, mas também a isso disse que “não se iria pronunciar”, respondendo aos jornalistas que “neste momento o ponto fundamental é que rapidamente se encontre uma solução que importa aos portugueses”.
“Quero focar-me no que é essencial, e o focar-me no essencial é as pessoas que estão numa situação de emergência esperam respostas de emergência e nesse sentido o que interessa é encontrar as respostas rápidas para os portugueses”.
Recorde-se que até ao momento, e em apenas uma semana, há a registar oito mortes relacionadas com falhas no Instituto Nacional de Emergência Médica, que se acentuaram com a paralisação dos técnicos que foi suspensa esta quinta-feira depois de se terem reunido com a ministra.
Uma paralisação que podia não ter acontecido. O semanário Expresso noticiou que Ana Paula Martins teve 10 dias para evitar a greve dos técnicos do INEM , mas não deu resposta ao sindicato.