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Pedro Nuno responsabiliza Montenegro e Ana Paula Martins por efeitos da greve do INEM

O líder do PS rejeita qualquer responsabilidade do anterior executivo socialista, nos casos dos problemas de resposta do INEM, que, nas últimas semanas, poderão ter estado associados à morte de onze pessoas.

Pedro Nuno responsabiliza Montenegro e Ana Paula Martins por efeitos da greve do INEM
ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, responsabilizou o primeiro-ministro e a ministra da Saúde pelos efeitos da greve do INEM, considerando que só o Governo podia e devia ter evitado esta paralisação a tempo. 

"Se a gestão de uma greve que afeta os serviços de emergência não é responsabilidade deste Governo, então de quem é? Devia ser ainda o PS, em novembro de 2024, a ter de andar atrás dos pré-avisos de greve que os sindicatos enviam para os e-mails dos membros do Governo da AD?", questionou Pedro Nuno Santos, numa publicação nas redes sociais. 

Na opinião do líder do PS, "a responsabilidade pelos efeitos da greve do INEM é deste Governo, deste primeiro-ministro e desta ministra" da Saúde. "Só eles poderiam - e deveriam - tê-la evitado a tempo", defendeu. 

Pedro Nuno Santos acusou o Governo liderado por Montenegro de continuar "a confundir governação com encenação mediática".  

"Governar não é fazer jogos de comunicação ou distribuir excedentes orçamentais. É enfrentar problemas com competência e empatia",disse. 

Para o líder do PS, "a falta de competência e de empatia não se resolve contratando agências decomunicação". 

Nesta publicação, Pedro Nuno Santos partilha duas notícias, a primeira das quais com o título "INEM não definiu serviços mínimos no dia em que greves causaram caos no socorro" e uma outra, de julho, que referia que "Presidente demissionário do INEM acusa ministério de negligência no processo doshelicópteros". 

Ministra não se demite, mas anuncia mudanças

A ministra da Saúde anunciou, esta terça-feira, que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) passou a estar na sua dependência direta, alegando que o instituto assume uma "prioridade enorme" devido ao alarme social dos últimos dias.  

A demora na resposta às chamadas de emergência agravou-se durante a greve de uma semana às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar, que reclamam a revisão da carreira e melhores condições salariais.A greve foi suspensa após a assinatura de um protocolo negocial entre o Governo e o sindicato do setor.