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Há mais de uma década que há problemas no INEM, o que se passa?

O excesso de trabalho associado aos salários considerados baixos para as funções e a falta de reconhecimento têm causado, ao longo dos anos, um problema nas escalas.

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Há mais de uma década que são detetados problemas no INEM, sobretudo relacionados com a falta de pessoal e salários que não agradam. Desde 2019, tem diminuído o número de trabalhadores responsáveis por atender as chamadas do 112.

O Instituto Nacional de Emergência Médica foi criado em 1981, há 43 anos, e sempre teve períodos de maiores dificuldades e stress. Apesar de o índice de satisfação entre os utilizadores ser elevado, os trabalhadores têm uma perceção diferente, especialmente nos últimos anos.

Foi na última década que os problemas do instituto começaram a ganhar maior dimensão. Na história recente do país, houve dois momentos que não ajudaram:

"A intervenção financeira através da Troika, que foi um momento de grande tensão. E depois, mais tarde, estava a recuperar-se desse choque do ponto de vista económico e financeiro e tivemos a pandemia pela covid-19", constatou, à SIC, o professor catedrático da Facultade de Medicina do Porto Rui Nunes.

O excesso de trabalho associado aos salários considerados baixos para as funções e a falta de reconhecimento têm causado, ao longo dos anos, um problema nas escalas.

O relatório de atividade do ano passado do Centro de Orientação de Doentes Urgentes mostra que está a baixar, desde 2019, o número de funcionários nos centros que gerem as chamadas das emergências feitas através do 112.

O INEM tem tido tanta dificuldade em contratar como em segurar quem já lá trabalha.

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