O julgamento dos cinco estudantes que se manifestaram na Universidade Nova de Lisboa foi adiado. Os alunos exigiam o fim da guerra na Faixa de Gaza e o abandono do uso de combustíveis fósseis. A universidade considera que os estudantes invadiram um espaço vedado ao público, mas os jovens defendem que a ação foi uma forma de protesto legítima e afirmam que a atitude da instituição é repressiva e inadmissível num ambiente académico.
O julgamento, que deveria ter começado esta manhã, foi adiado devido a uma greve que afetou os serviços no Campus de Justiça. Não há, para já, uma nova data marcada.
Os cinco estudantes, todos da área de Medicina, realizaram o protesto em maio, manifestando-se numa varanda de uma sala de aula da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. Durante o protesto, exigiram o cessar-fogo na Faixa de Gaza e o fim do uso de combustíveis fósseis em Portugal até 2030.
Em declarações, os estudantes afirmaram que, independentemente do julgamento, continuam confiantes na validade da sua causa e que não vão desistir de protestar.
"A nossa posição é de confiança, confiança de que estamos a fazer o correto. Lamentamos estar a passar por isto, especialmente numa faculdade de medicina, onde deveríamos estar a lutar pela vida, e não contra a morte", disseram.
Na mesma semana em que este protesto ocorreu, outros alunos ocuparam também as faculdades da Universidade de Lisboa, do Porto e do Minho.