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Miguel Albuquerque garante estar "dotado de toda a legitimidade" para exercer funções

O presidente do Governo regional da Madeira afasta a ideia de que o PSD/Madeira está a preparar-se para convocar um novo congresso de forma a eleger um novo líder.

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A moção de censura ao Governo regional da madeira vai ser votada no dia 17 dezembro, data aprovada esta quinta-feira, uma decisão que agrada a Miguel Albuquerque, líder do Executivo insular.

Em declarações aos jornalistas, esta quinta-feira, o líder do Executivo madeirense constatou que é "do interesse da região" votar a moção de censura após votação do Orçamento regional.

Sobre a eventual aprovação do documento, Miguel Albuquerque aponta "isso vai depender dos parlamentares":

"Vale a pena ter a noção que este Orçamento é importante que seja aprovado."

Nega também a ideia de que o PSD/Madeira está a preparar-se para convocar um novo congresso de forma a eleger um novo líder e garante que está "dotado de toda a legitimidade" para continuar o exercício das suas funções.

Garante ainda que não se sente isolado dentro do núcleo insular dos sociais-democratas e que, “na rua”, sente que “a população quer manter o ciclo de desenvolvimento. 

Aponta também que “criminalizar toda a atividade política é perigosíssimo”: 

“É muito perigoso – e vocês vejam o que aconteceu nos Estados Unidos da América - este populismo judicialista de condenar toda a gente antes de serem julgados, ouvidos ou sequer acusados.” 

Sobre o voto do JPP, que aprovou a moção de censura, Miguel Albuquerque revelou “não estar à espera de outra coisa”.

"Só saio [do Governo regional] no dia em que tiver de sair. Quem manda nos titulares democráticos e nos órgãos eleitos numa democracia é o povo".

O parlamento da Madeira aprovou, esta quinta-feira, por maioria, em plenário, um requerimento do presidente que valida a decisão da conferência dos representantes dos partidos de adiar o debate da moção de censura para depois do Orçamento para 2025.

O requerimento, alicerçado num parecer elaborado pela Assessoria Jurídica do Gabinete do Presidente da Assembleia Legislativa, foi aprovado com votos a favor do PSD e de um deputado do CDS-PP, votos contra de JPP, Chega, PAN e IL, e a abstenção do PS e do presidente do parlamento, o democrata-cristão José Manuel Rodrigues.

Com Lusa