O Governo diz que conseguiu reduzir em 90% o número de alunos sem aulas no primeiro período. No ano passado, por esta altura, seriam 21 mil, já este ano, 2.338.
O Partido Socialista foi o primeiro a vir a público dizer que o Governo não está a ser rigoroso, porque compara números que não se podem comparar. O antigo ministro da Educação do PS admite que o ministro possa não ter recebido a informação toda, porque os dados usados pelo PS estão nos relatórios oficiais, também consultados pelo Governo.
PS acusa Ministério da Educação de falta de seriedade sobre número de alunos sem aulas
O BE acusou o Governo de mentir e de "martelar números" sobre o número de alunos sem aulas, comparando universos distintos, com o objetivo de esconder "a realidade da falta estrutural de professores nas escolas".
"É mentira. Os números do Governo são martelados para esconder a realidade da falta estrutural de professores nas escolas", acusou a deputada do BE Joana Mortágua,
A Fenprof concorda e diz que os números do Governo mostram que, afinal, há mais alunos sem aulas, e que esse número vai continuar a aumentar, porque só entre novembro e dezembro estão previstas quase mil aposentadorias de professores.
As associações de pais dizem que é preciso dar tempo para as medidas fazerem efeito e acreditam que vão fazer. Os diretores das escolas dizem que só se deve ter esta discussão no final do primeiro período e que tê-la agora só gera confusão desnecessária para o sistema de ensino.