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Corrupção na Madeira: empresário que saiu em liberdade após estar três semanas detido ataca processo do Ministério Público

Custódio Correia é um dos suspeitos de corrupção que foram detidos em janeiro, no âmbito da megaoperação que levou à Madeira centenas de inspetores da Polícia Judiciária em dois aviões de Força Aérea. Estiveram retidos três semanas e saíram com termo de identidade e residência.

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Um dos três arguidos no caso de corrupção na Madeira garante que está inocente. Custódio Correia, que esteve 21 dias em prisão preventiva, afirma que o processo do Ministério Público (MP) não é credível. 

O Tribunal da Relação de Lisboa ainda não decidiu sobre o recurso do Ministério Público que pede o agravamento das medidas de coação aos três arguidos do processo da Madeira, mas Custódio Correia, um dos empresários de construção envolvidos no caso, diz-se tranquilo. 

"Não passam de suspeitas. Não existe nada, mesmo nada. Estou tranquilo”, assegurou, em declarações aos jornalistas. 

O primeiro impacto passou e o dono da Socicorreia está de volta à vida pública, mas lamenta os dias que esteve detido em Lisboa.  

“Ninguém deveria ser detido sem, primeiro, termos a certeza se há ou não razão para deter alguém”, afirmou.  

Afirma que as três semanas em que foi o centro da atualidade nacional lhe causaram alguns estragos ao negócio. As suspeitas de corrupção - num esquema que, segundo Ministério Público, envolve Avelino Farinha, o maior empreiteiro da Madeira, e o antigo presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado-, obrigaram a mudar a estratégia da empresa. Custódio Correia diz que deixou de concorrer tanto a obras públicas. 

Para o futuro, o empresário quer apenas que o processo judicial seja rápido, mas insiste que nada do que lá está é credível". 

"Estou confiante de que o meu nome sairá limpo a 100%. De tudo o que li naquele processo, não encontrei uma vírgula, alguma coisa, que fosse credível”, atirou. 

Custódio Correia, Avelino Farinha e Pedro Calado foram detidos em janeiro, no âmbito da megaoperação que levou à Madeira centenas de inspetores da Polícia Judiciária em dois aviões de Força Aérea. Estiveram detidos três semanas e saíram com termo de identidade e residência.