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Ministra da Saúde desvaloriza vagas não preenchidas no concurso para médicos de família

Dos mais de 900 lugares disponíveis, apenas 279 foram ocupados, o que corresponde a 28% do total.

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A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, desdramatizou o facto de quase dois terços das vagas para médicos de família no último concurso terem ficado por preencher, afirmando que a situação "não é alarmante".

No entanto, reconheceu as dificuldades em atrair profissionais, especialmente nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Sul e Centro, e prometeu mudanças no próximo concurso, que incluirá novos incentivos.

Dos mais de 900 lugares disponíveis, apenas 279 foram ocupados, o que corresponde a 28% do total.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, criticou a abertura tardia dos concursos e a gestão das Unidades Locais de Saúde, apontando a falta de atratividade das condições oferecidas.

Para o segundo concurso do ano, previsto para o próximo mês, o governo decidiu regressar ao modelo anterior de recrutamento.

Paralelamente, Ana Paula Martins afirmou que dedicará mais tempo ao INEM, instituição cuja tutela assumiu, juntamente com a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS). A IGAS está a investigar 11 mortes alegadamente relacionadas com atrasos ou falta de resposta do INEM, enquanto o Ministério Público abriu sete inquéritos sobre os casos.