O Coronel Francisco Rodrigues, presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), considera que a operação da Polícia Judiciária, que identificou suspeitos de envolvimento no ataque ao motorista da Carris, em Santo António dos Cavaleiros durante tumultos após a morte de Odair Moniz, mostra que criminosos "não ficam impunes".
Na SIC Notícias, começa por dizer que a fase é "conturbada" do ponto de vista de "sentimento de insegurança". Nesse sentido, o sentimento de segurança "precisa de ser recuperado".
"A operação da PJ traz de novo a sensação de que vale a pena apostar num desfecho eficaz", aponta.
Os criminosos "não ficam impunes, demore o tempo que demorar".
O presidente do OSCOT acredita que a identificação de suspeitos do ataque ao motorista da Carris, em Santo António dos Cavaleiros, pode levar a uma "dissuasão" à prática de crimes.
"Espero que seja preventivo para todos os que penam que vale a pena fazer tumultos e distúrbios",
Já para a sociedade, transmite a ideia de que se pode acreditar na justiça e nas forças de segurança, refere.
Francisco Rodrigues afasta a relação entre a morte de Odair Moniz às mãos da PSP com os tumultos.
"Acho que foi circunstancial. Não tem nada a ver com o bairro e com aquela comunidade. Tem a ver com grupos que, paralelamente, aproveitam o tipo de situações para manifestarem o desagrado".
Mega operação da PJ
Várias pessoas foram esta quarta-feira identificadas por suspeitas de envolvimento no ataque ao motorista da Carris, em Santo António dos Cavaleiros, durante a onda de tumultos após a morte de Odair Moniz às mãos da PSP.
A Polícia Judiciária lançou esta quarta-feira uma megaoperação de identificação dos responsáveis pelo ataque.
Os suspeitos, que estão a ser interrogados, terão entrado no autocarro, sem passageiros, e atirado um engenho explosivo para cima do motorista, que ainda estava no interior. O homem sofreu "queimaduras graves na face, tórax e membros superiores", segundo adiantou, na altura, a PSP.
O motorista já teve alta.