Falta de condições para fazer formação e excesso de trabalho leva jovens médicos a rescindir contrato com o SNS. Em todo o país, há agora mais de duas mil vagas para especialistas por ocupar.
Ultrapassam os 300 os médicos internos que disseram não à carreira no Serviço Nacional de Saúde, rescindiram contrato e optaram por não fazer formação especializada
O SNS tem agora um total de 2.167 vagas por preencher em todo o país.
A Federação Nacional dos Médicos vê como preocupante os mais recentes dados da falta de ocupação dos lugares de formação em especialidades como medicina geral e familiar, a medicina interna e a saúde pública, onde mais de 30% das vagas ficaram por preencher.
O afastamento dos médicos recém-formados tem que ver com o excesso de trabalho exigido em diferentes estruturas e também as condições de trabalho que não asseguram uma formação de qualidade.
Muitos dos jovens médicos formados pelo país e que agora deixam o SNS optam por fazer a formação especializada no estrangeiro ou então trabalhar como médicos não especialistas em regime de prestação de serviço no SNS, ou no setor privado.
Para a Federação dos Médicos, este é mais um dado que reforça a necessidade da implementação de medidas que garantam uma formação de qualidade, condições de trabalho dignas e uma carreira atrativa no SNS.