Foi detetado um novo serotipo da doença da língua azul no Alentejo. Os prejuízos continuam a aumentar para os produtores de gado e os apoios do Governo continuam sem chegar.
Foi a 28 de novembro que o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) confirmou a presença do serotipo 8 do vírus da língua azul, numa exploração com 48 bovinos, em Portalegre.
Os produtores sentem-se de mãos atadas, sem saber quando haverá vacinas para os animais.
Foi definida uma zona de restrição: o gado não pode circular para as zonas de Trás-os-Montes, Minho e Algarve sem vacinação.
Além do novo serotipo descoberto, outros três já circulavam em Portugal. O serotipo 3 surgiu em setembro, afetando principalmente os ovinos.
“Há explorações que tiveram mais de 60% de mortalidade nos borregos, com o serotipo 3. Morreram também muitas ovelhas”, nota Filipa Duarte, produtora de gado.
Os prejuízos foram gigantes. E, até agora, os apoios aos produtores de gado ainda não passaram de promessas.
“Ouvimos muita conversa, mas apoios não temos nada”, atira Diogo Vasconcelos, presidente da Associação dos Jovens Agricultores do Sul (Ajasul).
O vírus da língua azul infeta ovelhas, cabras e bovinos. A doença não é transmissível a humanos.