O Governo ouviu o Presidente da República com saudades do anterior primeiro-ministro e não se ficou.
"Eu acho que é bom vivermos num país em que todos fiquemos felizes com os outros estarem feliz. E ninguém procurar ver mal no que está bem. Eu não compreendo, sinceramente, uma abordagem que procura ver e retirar da felicidade de alguém a infelicidade de outros. Eu vivo feliz e o Governo vive feliz se os outros estiverem felizes", disse António Leitão Amaro, presidente da Presidência.
A necessidade de resposta do ministro da Presidência surge depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter elogiado o passado incomum com António Costa.
“Dizia muitas vezes a um governante com o qual partilhei quase 8 anos e meio de experiência inesquecível: um dia reconhecerá que éramos felizes e não sabíamos“, relatou o Presidente da República.
“Era tudo relativo, era uma felicidade relativa, mas, comparado com o que vinha por aí, era uma felicidade”, acrescentou.
António Leitão Amaro elogiou a relação saudável que o Governo mantém com Marcelo Rebelo de Sousa.
"Sinceramente, nós não temos nada a acrescentar que não seja elogiar muito as relações e mostrar felicidade também com as relações com o sr. Presidente da República e não perceber como é que se pode querer retirar da felicidade de alguns, infelicidade ou insatisfação de outros", acrescentou.
O Presidente da República voltou ao tema, mas para desviar o assunto.
"Estava-me a referir a uma conversa com ex-primeiro-ministro António Costa antes da pandemia. Naquela altura, em 2019, em que o mundo crescia, a Europa crescia e Portugal estabiliza finalmente. Depois da resolução de problemas do sistema bancário e da saída défice excessivo eu dizia: olhe estamos numa situação tal, que um dia quando olharmos para o futuro poderemos dizer isto ["Éramos felizes e não sabíamos"].