Os maquinistas estão em greve esta sexta-feira em protesto contra as polémicas declarações de António Leitão Amaro que ligaram a sinistralidade ferroviária e a taxa de álcool dos trabalhadores.
À SIC, Hélder Silva, do Sindicato dos Maquinistas, garante que eu Portugal “não há registo de acidentes ferroviários com taxa de alcoolemia”.
Informação corroborada pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários. Ao Público, esta entidade revela que, desde 2014, “nunca foi detetada nos maquinistas taxa de alcoolemia superior a 0,5g/l”.
Da mesma forma, não foram identificados quaisquer “aspetos correlacionados com essa matéria como fator interveniente em quaisquer acidentes ou incidentes” sob sua investigação.
Numa greve que é quase total, os maquinistas exigem que o ministro da Presidência “explique bem o que queria dizer”.
“Uma coisa são os acidentes ferroviários, outra coisa são as taxas de álcool e foi tudo incluído no mesmo pacote”, lamenta Hélder Silva.
A paralisação, que dura até à meia-noite, é quase total, com grande parte dos comboios suprimidos e outros adiados.
A paralisação vai assim afetar todos os serviços da CP, da Fertagus, Metro do Porto e de Almada, Infraestruturas de Portugal e ainda o transporte de mercadorias.