Os médicos prometem “endurecer a luta” caso continuem sem respostas do Governo. A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) diz mesmo que devem apresentar escusas de responsabilidade quando não houver condições de trabalho.
O Conselho Nacional da FNAM esteve reunido este sábado em Coimbra. Lamentam que o plano do Executivo para o Inverno não responda às necessidades de ter mais profissionais no SNS.
A FNAM garante que tem soluções, mas aguarda a convocação do Governo para negociar. O que ainda não ocorreu. Entre as condições exigidas, está a de evitar que os médicos se vejam obrigados a realizar semanas de trabalho bem acima das 40 horas.
Mas em cima da mesa está também a possibilidade de “endurecimento da luta” caso a tutela não dê respostas até ao final do ano.
Para já, foi decidido o prolongamento da greve às horas extraordinárias nos centros de saúde. O fim da greve estava previsto para o final de dezembro, mas a FNAM admite agora que pode manter-se durante o primeiro semestre de 2025.
“Poderão estar em cima da mesa novas greves, novos protestos, porque, de facto, nós estamos a lutar para que os médicos tenham melhores condições de trabalho, mas, acima de tudo, estamos a lutar para que o Serviço Nacional de Saúde também consiga dar resposta à população e que o Serviço Nacional de Saúde se mantenha público, universal, acessível a toda a população e isso não está a acontecer.”
Até lá, a FNAM defende que os médicos devem apresentar “escusas de responsabilidade” sempre que se deparem com “equipas insuficientes” e “sem condições de trabalho”.
Com Lusa