Um estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil diz que mais de metade da estrutura da ribeira de Algés está em risco do colapso. O estudo alerta para o perigo e para a necessidade de realizar obras urgentes de reabilitação.
Ano após ano, vê de perto as consequências das cheias na vila de Algés. Maria Fonseca mora mesmo de frente para a avenida principal. É apenas um dos muitos localizados por cima do troço da ribeira canalizada de Algés.
As conclusões do estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil aumentaram a insegurança entre os moradores desta zona.
Agora, Maria do Céu e Maria do Rosário evitam circular em determinadas ruas por receio.
Uma equipa do núcleo de Engenharia Sanitária da LNEC fez uma inspeção e a montante da Rua Conde de Rio Maior e a Avenida Ivens.
Mais de metade do troço canalizado da ribeira de Algés está em risco de colapso provável num curto espaço de tempo. São mais de 900 metros de uma estrutura considerada degradada e com falhas críticas.
O estudo recomenda, por isso, que sejam tomadas medidas urgentes de reforço e reabilitação.
Mostra o mesmo relatório que o troço que colapsou no ano passado tinha sido identificado pela Teixeira Duarte, em 2020.
Entende o autarca de Oeiras que deve financiar apenas metade do valor da obra e a outra metade deverá ser assegurada pelo Governo porque o caudal da ribeira vem de Sintra, Amadora e de Lisboa.
Dentro de uma semana e meia, Isaltino Morais vai ao Ministério do Ambiente discutir o assunto.