As propostas de Orçamento e Plano de Investimentos para 2025 apresentadas pelo Governo da Madeira foram chumbadas, mas Miguel Albuquerque só sai do Executivo se a moção de censura do Chega passar e avisa os adversários que será o candidato do PSD em caso de eleições antecipadas.
Os deputados fizeram história no parlamento madeirense ao chumbar pela primeira vez um Orçamento Regional.
Miguel Albuquerque falhou este teste de resistência, mas avisa que só o tiram do lugar na próxima semana se a moção de censura do chega passar.
A Madeira acaba o ano sem orçamento e em clima de pré-campanha eleitoral, mas a culpa é das suspeitas de corrupção.
A oposição uniu-se contra o Governo regional e fê-lo sem arrependimentos e, no fim da história, a esperança que o PS deu ao adiar a moção de censura do Chega não passou de uma formalidade.
A região está sem orçamento e deverá ficar sem governo já na próxima semana.
A queda do Executivo obriga o Representante da República a ouvir os partidos e, depois disso, Marcelo Rebelo de Sousa deverá dissolver a assembleia e convocar eleições antecipadas, que deverão ser marcadas para o fim de fevereiro.
A Assembleia Legislativa Regional da Madeira é composta por 47 deputados, dos quais atualmente 19 são do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega e dois do CDS-PP, enquanto IL e PAN têm um representante cada.
O parlamento madeirense decidiu no mês passado adiar para 17 de dezembro a votação de uma moção de censura ao Governo Regional, apresentada pelo Chega a 6 de novembro, para que antes fossem discutidos e votados o Orçamento Regional e o Plano de Investimentos.