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Ministra da Saúde garante que INEM não vai ser privatizado e explica o processo de "refundação"

A ministra da Saúde garante que não vai privatizar o INEM. A possibilidade tinha sido avançada, há três semanas, depois de Ana Paula Martins ter falado na necessidade de refundar o instituto.

Ministra Ana Paula Martins na Comissão de Saúde
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A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, garantiu no Parlamento que o governo não vai privatizar o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). A possibilidade tinha sido levantada há cerca de três semanas, após declarações da ministra sobre a necessidade de "refundar" o instituto. Segundo a ministra, o objetivo dessa reformulação é conferir ao INEM maior autonomia, para que o funcionamento não dependa de processos burocráticos ou políticos.

Durante a audição parlamentar, a ministra foi direta ao colocar um ponto final nas especulações sobre uma possível privatização de uma das principais estruturas do Serviço Nacional de Saúde. Mesmo assim, persistem algumas preocupações entre os deputados. O Bloco de Esquerda alertou que a chamada "refundação" pode, na verdade, resultar no enfraquecimento do INEM, enquanto o Livre se mostrou preocupado com o futuro do instituto.

Entre as mudanças previstas, está a criação de uma comissão técnica independente para avaliar a resposta em emergências médicas. No entanto, Ana Paula Martins não deu muitos detalhes sobre a comissão.

Além disso, o governo quer criar iniciativas para a população, incluindo a promoção de conhecimentos básicos em primeiros socorros.

A valorização da carreira dos técnicos de emergência pré-hospitalar também foi discutida no Parlamento. A ministra reconheceu a frustração dos profissionais do setor, destacando a necessidade de reforçar os recursos humanos. Ana Paula Martins garantiu que o Governo irá avaliar a possibilidade de aumentos salariais que promovam dignidade nos níveis iniciais da carreira, embora tenha dito que isso será feito de forma gradual, ao longo de vários anos.

O concurso para a contratação de helicópteros para o INEM, que causou a demissão de dois dirigentes do instituto, também foi discutido. Ana Paula Martins disse que cinco empresas demonstraram interesse no processo e que as propostas deverão ser entregues até o final desta semana.