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Entrevista SIC Notícias

Operação no Martim Moniz: "O crime não tem nacionalidade, cor de pele, religião ou etnia"

Na Edição da Noite, da SIC Notícias, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro refere que operação naquela zona lisboeta foi planeada e executada por decisão da polícia e "sem instrução do Governo", acrescentando que o foco da operação esteve "no crime e numa zona problemática".

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A operação da Polícia de Segurança Pública (PSP) que decorreu, na quinta-feira, na zona do Martim Moniz, em Lisboa, gerou uma onda de indignação dentro e fora da esfera política. Resultou na detenção de duas pessoas de nacionalidade portuguesa e na apreensão de quase quatro mil euros em dinheiro, bastões, documentos, uma arma branca, um telemóvel e uma centena de artigos contrafeitos.

Na Edição da Noite, da SIC Notícias, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro refere que esta operação, planeada e executada pela PSP sem nenhuma instrução do Governo, focou-se no "crime e numa zona problemática".

"O crime não tem nacionalidade, cor de pele, religião ou etnia Crime é crime e deve ser combatido. A segurança é de todos os portugueses e estrangeiros, todas as cores de pele devem ser uma prioridade", declarou o governante social-democrata.

Leitão Amaro referiu que nos últimos dois anos ocorreram 52 crimes com armas brancas naquela zona, que justificaram a operação policial, que resultou em dois detidos.

"Acho estranho que quando tenhamos situações como 52 crimes de arma branca em dois anos numa rua. Isto é uma média de semana sim, semana não", atirou.

O ministro sublinhou ainda que a acompanhar a ação policial esteve o Ministério Público, com função de assegurar a legalidade e a proporcionalidade.

"A polícia faz como a própria lei diz, deve atuar em zonas críticas fazer operações especiais em zonas localizadas, com a realização de revistas, diz a lei. O Governo não se envolve nestas escolhas operacionais", frisou.

Leitão Amaro apontou ainda que o foco do Governo é na defesa dos que são "abusados, atacados e mais frágeis, e que precisam que o Estado atue para que os proteger".

A operação de quinta-feira no Martim Moniz, em Lisboa, provocou um grande número de críticas, especialmente de políticos, que consideraram ter sido usada força desproporcional.