Dois meses e dois adiamentos depois, o ministro da Educação voltou a reunir-se, esta sexta-feira, com os sindicatos para discutir a revisão do Estatuto da Carreira Docente.
A maratona negocial, que começou às 09:00 horas, previa uma hora por sindicato, mas os atrasos acabaram por marcar o dia. A Federação Nacional de Educação (FNE), a primeira a ser ouvida, esteve reunida com o ministro durante quase três horas.
Apesar de ter assinado o protocolo negocial, a FNE confirmou que os aumentos salariais não estão, para já, entre as prioridades definidas. Estes aumentos estão condicionados ao pagamento, até 2027, dos anos de serviço congelados, mas a federação defendeu que as mudanças acordadas entrem em vigor já no próximo ano letivo.
No entanto, o ministro da Educação evitou comprometer-se enquanto prosseguiam as reuniões com os restantes sindicatos. A FENPROF, por exemplo, entrou duas horas depois do previsto.
Entre as reivindicações discutidas estão o fim das vagas para acesso aos 5.º e 7.º escalões, um regime especial de aposentação, a redução da burocracia e a revisão de temas como recrutamento, ingresso na carreira, mobilidade e avaliação docente.
Os sindicatos apelam à celeridade nas negociações para garantir que as alterações sejam implementadas a tempo do próximo ano letivo.