A polícia marítima admite que é zero a probabilidade de encontrar com vida os dois pescadores desaparecidos ontem no rio Tejo, em Lisboa, após um acidente entre dois barcos. No entanto, as operações de busca vão continuar.
Terão sido arrastados pela força da corrente, e o mais provável, segundo uma fonte da investigação, é que apenas sejam localizados na próxima semana ou até mais tarde.
O único meio aéreo acionado, um helicóptero da Força Aérea, foi dispensado esta terça-feira. O comandante Paulo Vicente disse que "são nulas" as probabilidades de encontrar os pescadores com vida, mas frisou que as autoridades nunca desistirão de completar as buscas até que os dois desaparecidos sejam encontrados.
Às 8 da manhã desta terça-feira, reiniciavam as operações num perímetro de 45 quilómetros quadrados, que pode ainda ser alargado.
Os dois mariscadores experientes desaparecidos são Manuel Guerreiro, de 32 anos, e Flávio Amaral, de 26. Navegavam com destino à Trafaria com mais dois colegas até colidirem com um catamarã de passageiros.
A Transtejo diz que o navio tentou evitar o choque e que os avisos sonoros de alerta foram ignorados pelos pescadores. As autoridades não confirmam, estão a investigar.
Um dos dois feridos no acidente já teve, entretanto, alta hospitalar. Já o pescador resgatado com ferimentos graves nas duas pernas, permanece ainda internado , mas está livre de perigo.