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Portugal volta a atrasar-se na contratação de meios aéreos de combate a incêndios

Dos 10 helicópteros que nesta altura a Proteção Civil devia ter disponíveis, tem apenas três para todo o país. O concurso para garantir os chamados meios pesados no próximo verão ainda nem foi lançado e os aviões que estiveram em Portugal no ano passado já foram alugados pela Turquia.

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Para todo o país há agora três helicópteros preparados para responder a missões da Proteção Civil. Segundo a diretiva operacional nacional, deveriam estar disponíveis agora o mínimo de 10.

A razão é simples. No final da semana passada acabou o contrato de adjudicação com a empresa que garantia os meios aéreos e foram, entretanto, recolhidos. Estes helicópteros ligeiros são usados, sobretudo, na primeira intervenção no combate à incêndios florestais.

Poderá fazer pouco sentido ter este tipo de meios disponíveis nos meses de inverno, mas o certo é que o anterior governo entendeu que sim. E também apenas para esse fim, o país continua a ter em permanência quatro meios aéreos médios anfíbios usados também para o combate a incêndios florestais. Esses estão disponíveis.

A Força Aérea, que não respondeu às questões colocadas pela SIC, é responsável pela contratação de meios aéreos. Os concursos para os próximos anos foram lançados a meio do mês de dezembro e tem os primeiros helicópteros previstos apenas para março.

Entretanto, ainda não foi lançado o concurso para os chamados meios pesados de combate à incêndios conhecidos como canadairs.

A SIC sabe que as aeronaves usadas durante o último verão em Portugal, estão já contratadas pela Turquia. Neste momento, as equipas já preparam a época de incêndios neste país do leste da Europa, o que pode significar que Portugal mais uma vez se atrasou na corrida à contratação de meios que no inverno podem passar despercebidos, mas que no verão colocam os portugueses de olhos no céu à espera que cheguem.