País

Manifestação contra o racismo e vigília do Chega marcadas em simultâneo para esta tarde em Lisboa

A organização da manifestação "Não nos encostem à parede" espera milhares de participantes esta tarde na Alameda. À mesma hora, o Chega tem marcada uma vigília na Praça da Figueira. Teme-se que movimentos ultranacionalistas se infiltrem na primeira manifestação.

Ativistas encostam-se à parede na Avenida de Roma para denunciar operação policial no Martim Moniz
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A comissão organizadora da marcha "Não nos encostem à parede" levou para a Avenida de Roma uma encenação da operação da Polícia de Segurança Pública (PSP) na menos elitista rua do Benformoso.

"O importante é as pessoas respeitarem todos aqueles que vieram para o nosso país para trabalhar para ter uma vida melhor", sublinha Miguel Garcia da organização da marcha "Não nos encostem à parede.

Sublinham que é contra a instrumentalização política da Polícia de Segurança Pública (PSP) que se vão manifestar, esta tarde, entre a Alameda e o Martim Moniz.

À mesma hora e a 350 metros de distância, na Praça da Figueira, o lema da vigília convocada pelo Chega é "Pela autoridade e contra a impunidade", mas é a anunciada infiltração de movimentos de direita ultranacionalista e radical na marcha contra o racismo que preocupa as autoridades.

O comando da Polícia de Segurança Pública (PSP) reuniu durante a semana com os organizadores da marcha e da vigília. Sem divulgar os meios alocados para o terreno diz que tentará impedir ações hostis e de violência.

O presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior anunciou, através da rede social Facebook, que não irá à marcha convocada por várias organizações como a SOS Racismo, a Vida Justa, Casa do Brasil ou Renovar a Mouraria.

Miguel Coelho compreende os motivos dos promotores, que estima, mas acha que está apadrinhada por radicais populistas "wokistas de esquerda" que instrumentalizam as comunidades de imigrantes contra a polícia.