Em Santa Maria da Feira, a população de duas uniões de freguesias prepara-se para viajar até Lisboa na próxima madrugada. Querem estar na Assembleia da República para mostrar que estão satisfeitos com a decisão de repor a autonomia das freguesias.
Ferrenhos será um bom adjetivo para atribuir aos habitantes de Pigeiros. Desde que começou a agregação de freguesias, em 2013, têm sido incansáveis na defesa de uma causa: a de separar Pigeiros da União de Freguesias com Caldas de São Jorge, ambas em Santa Maria da Feira.
“O processo começou mal, foi uma reforma absurda e irracional. Criou muitas instabilidades e anseios na população devido aos projetos que queriam desenvolver na freguesia”, explica à SIC António Cardoso, habitante de Pigeiros.
O sentimento é partilhado por quem vive em Guisande. A antiga freguesia voltará a sê-lo, depois de se separar das restantes três localidades que há mais de 10 anos foram obrigadas a juntar-se numa união de freguesias.
“As receitas iam para lá mas não se fazia praticamente nada na freguesia”, afirma Celestino Silva Sacramento, habitante de Guisande.
Todos acreditam que a separação será o melhor para as freguesias mais pequenas.
De Pigeiros sai nesta sexta-feira de madrugada um autocarro com 55 pessoas com destino ao Parlamento, em Lisboa. Não vão para contestar nada. Vão manifestar a alegria que sentem pela votação da lei que volta a repor as freguesias.