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PSD diz que demissão de Gandra D'Almeida não fragiliza ministra da Saúde

O líder da bancada parlamentar do PSD acredita que o Governo vai encontrar em breve um novo diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde. Hugo Soares diz que a demissão de Gandra D' Almeida não prejudica a ministra da Saúde.

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O líder da bancada parlamentar do PSD mostrou-se confiante na capacidade do Governo em encontrar rapidamente um novo diretor-executivo para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Hugo Soares diz que a demissão de António Gandra D'Almeida foi uma decisão de caráter pessoal, apresentada e prontamente aceite pela ministra da Saúde.

Apesar do impacto inicial causado pela saída do responsável do SNS, Hugo Soares acredita que o Governo conseguirá restaurar a normalidade em breve.

"Se não tivesse havido este episódio, a estabilidade seria outra", disse, sublinhando que as "políticas é que importam e não quem as executa".

O líder da bancada social-democrata defendeu ainda o trabalho da ministra da Saúde, afirmando que o episódio da demissão não a fragiliza. Este sábado, em declarações aos jornalistas, Hugo Soares elogiou o "excelente" desempenho da ministra à frente do Ministério da Saúde.

Investigação SIC levou à demissão do CEO do SNS

A ministra da Saúde aceitou o pedido de demissão apresentado na sexta-feira à noite pelo diretor-executivo do SNS, António Gandra D'Almeida, surgido na sequência de uma investigação da SIC, que denunciou que o responsável acumulou, durante mais de dois anos, as funções de diretor do INEM do Norte, com sede no Porto, com as de médico tarefeiro nas Urgências de Faro e Portimão, referindo que a lei diz que é incompatível.

Acontece que, como revelou a SIC, a lei diz que é a acumulação de cargos é incompatível, mas António Gandra D'Almeida conseguiu que o INEM lhe desse uma autorização com a garantia de que não ia receber vencimento.

No entanto, através de uma empresa que criou com a mulher e da qual era gerente, terá recebido "mais de 200 mil euros por esses turnos", adiantou a SIC.

Na nota enviada à comunicação social, Gandra D´Almeida considerou que a reportagem incide sobre a sua atuação profissional nos anos que precederam o exercício de funções como diretor executivo do SNS - 2021, 2022 e 2023 -- e que contém "imprecisões e falsidades que lesam" o seu nome.