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Sentimento de insegurança? Diretor da PJ prova com números que problema está na desinformação

O diretor nacional da PJ nega relação entre aumento de criminalidade e aumento da imigração. Luís Neves diz que o sentimento de insegurança é gerado pela desinformação e por notícias falsas.

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Numa altura em que o tema da segurança em Portugal tem estado na ordem do dia, o diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, decidiu trazer ao debate números concretos.

"Em 2009 tinhamos, 454 mil imigrantes e foi uma das maiores relações que tivemos entre estrangeiros. Dados de 2023, um milhão e 44 mil estrangeiros é por rácio de detidos, o segundo número mais baixo até hoje"

Numa conferência do Diário de Noticias, o tema da segurança também não escapou à discussão e Luís Neves criticou a imagem de que o país está numa situação 'sem rei e sem roque' no que que diz respeito ao tema.

Nega, aliás, que exista uma relação entre aumento da criminalidade e aumento da imigração no país: “Alguém hoje ouve falar de ataques aos ATMs com explosivos? Gasolineiros mortos, carjacking, alguém se recorda da zona de Arroios que não se podia lá entrar que era prostituição, extorsão, mortos a céu aberto (…) querem comparar esses períodos e dizer que hoje é que é mau e fazer uma associação dessas?

O diretor da PJ reforça que o sentimento de insegurança que possa existir é gerado pela desinformação e por notícias falsas. E os números são a prova disso mesmo: “Em 2009 tinhamos 631 estrangeiros detidos, não tem a ver com imigrantes, nas outras nacionalidades está tudo o resto, 120 num universo de mais de 10.000”.

Apesar dos números, o primeiro-ministro defende que operações policiais como a que aconteceu em dezembro no Martim Moniz são importantes. Luís Montenegro diz que este tipo de operações vêm não só combater as "condutas criminosas", mas também aumentar a tranquilidade dos cidadãos.