Mais de 50% dos lisboetas admitiram não ter recursos para garantir conforto térmico em casa. O mesmo estudo revela que 40% dos inquiridos nunca ouviram falar dos apoios disponíveis para melhorar a eficiência energética das casas.
O desconforto térmico é uma realidade tanto no inverno, devido ao frio, como no verão, devido ao calor excessivo. A situação não só dificulta a rotina diária de muitas famílias, como também pode prejudicar a qualidade do sono e agravar problemas de saúde, especialmente entre os mais idosos.
Entre o verão de 2022 e 2023 e o inverno de 2023, foi realizado um inquérito a residentes em Lisboa com mais de 25 anos. Os resultados mostram que:
- 63% dos inquiridos afirmam passar frio no inverno, principalmente devido à falta de isolamento em janelas e portas, humidade e características da época de construção das casas.
- 56% sentem calor excessivo no verão, sendo a ventilação limitada pelo ruído exterior ou pela entrada de insetos.
Os mais afetados por esta realidade são famílias com dificuldades financeiras para adquirir aquecedores ou ar condicionado e idosos sem acesso digital para solicitar apoios.
Em resposta, a Agência de Energia e Ambiente, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, oferece um serviço gratuito de aconselhamento e acompanhamento para candidaturas a programas de financiamento destinados a melhorar as condições energéticas das habitações. Ainda assim, o estudo conclui que é necessário mais planos para um futuro próximo.
O inquérito foi promovido pela E-Nova em parceria com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina e contou com a colaboração do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.