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Morte Odair Moniz: investigação deverá estar perto de terminar, IGAI ouviu 21 testemunhas

Odair Moniz foi morto a tiro por um polícia, em outubro, na Cova da Moura. Exatamente três meses depois, o Inquérito da Polícia Judiciária e da Inspeção-Geral da Administração Interna deverão estar perto de terminar.

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Enquanto a Polícia Judiciária investiga e relata o que aconteceu a 21 de outubro na Cova da Moura, a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) escreve o inquérito disciplinar do agente da PSP. 

Quando terminados, os documentos serão entregues à procuradora Patrícia Agostinho que decidirá se acusa ou não o agente de 24 anos e por que crime. 

Uma fonte judicial disse ao jornal Expresso que o trabalho da polícia "está na fase final". À SIC, o IGAI escreve que o inquérito está em fase de instrução e que até agora foram ouvidas 21 testemunhas, entre elementos da PSP e civis. 

O agente acusado já foi inquirido por três vezes: a primeira pela PJ no próprio dia da morte de Odair Moniz sem advogado ou um magistrado presentes; Na segunda passou a palavra ao advogado quando questionado pelo Ministério Público, mas prestou declarações ao IGAI a 10 de janeiro na qualidade de testemunha, confirmou o inspetor-geral do instituto. 

O Expresso diz que o agente continua de baixa renovada já por três vezes. Quando voltar ao serviço vai ser transferido de esquadra. Está acusado de homicídio simples, mas diz ter agido em legítima defesa ao desmentir a versão oficial da PSP que justificava os tiros com uma "tentativa de agressão com arma branca".

Odair Moniz tinha de facto uma faca, guardada numa bolsa. Foi depois encontrada no local onde morreu. A Polícia Judiciária está a investigar uma possível falsificação do relatório policial e a hipótese de a faca ter sido plantada no local do crime.