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De cartazes na mão, trabalhadores da recolha dos resíduos protestaram por melhores condições

Os trabalhadores da recolha dos resíduos protestaram esta quinta-feira de manhã em Lisboa. Exigem um aumento dos salários e melhores condições de trabalho.

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À porta do Centro Cultural de Belém, onde decorria um encontro nacional sobre o futuro dos resíduos, os trabalhadores do setor juntaram-se para denunciar os baixos salários e a falta de condições de trabalho. 

Dizem que estão na linha da frente na prestação de serviços essenciais à população, mas queixam-se de estar a ser ignorados e, por isso, fazem-se ouvir para exigir um aumento geral dos salários. 

“Naquilo que nos possível aceder, na preparação deste encontro, não há menção aos trabalhadores e sem trabalhadores não há recolha nem tratamento nem valorização de resíduos. Temos trabalhadores do público e do privado com realidades e dificuldades nas suas condições de trabalho tremendas”, diz Cristina Torres, do sindicato nacional dos trabalhadores da administração local e regional.

No setor privado, em muitos casos, nem sequer há suplemento de penosidade e insalubridade. 

“Todos eles são muito mal remunerados, estamos a falar de trabalhadores que operam neste domínio como muitos outros. (...) Esta questão acaba por estar em cima da mesa porque estamos a falar de financiamento que também implica recursos humanos. Portanto, não estão de fora desta discussão, pelo contrário”, diz Luísa Salgueiro, presidente da associação nacional de municípios portugueses. 

O encontro nacional sobre o futuro dos resíduos junta municípios, empresas privadas, municipais e intermunicipais. Só neste setor trabalham mais de 25 mil pessoas em todo o país.