À porta do Centro Cultural de Belém, onde decorria um encontro nacional sobre o futuro dos resíduos, os trabalhadores do setor juntaram-se para denunciar os baixos salários e a falta de condições de trabalho.
Dizem que estão na linha da frente na prestação de serviços essenciais à população, mas queixam-se de estar a ser ignorados e, por isso, fazem-se ouvir para exigir um aumento geral dos salários.
“Naquilo que nos possível aceder, na preparação deste encontro, não há menção aos trabalhadores e sem trabalhadores não há recolha nem tratamento nem valorização de resíduos. Temos trabalhadores do público e do privado com realidades e dificuldades nas suas condições de trabalho tremendas”, diz Cristina Torres, do sindicato nacional dos trabalhadores da administração local e regional.
No setor privado, em muitos casos, nem sequer há suplemento de penosidade e insalubridade.
“Todos eles são muito mal remunerados, estamos a falar de trabalhadores que operam neste domínio como muitos outros. (...) Esta questão acaba por estar em cima da mesa porque estamos a falar de financiamento que também implica recursos humanos. Portanto, não estão de fora desta discussão, pelo contrário”, diz Luísa Salgueiro, presidente da associação nacional de municípios portugueses.
O encontro nacional sobre o futuro dos resíduos junta municípios, empresas privadas, municipais e intermunicipais. Só neste setor trabalham mais de 25 mil pessoas em todo o país.