O Presidente da República defende que se deve olhar para a Europa como um todo, relativamente aos gastos na Defesa, e não individualizar para que não haja uma divisão entre países.
"É a seguinte: o que se tem é de olhar para o conjunto dos países europeus e saber se, no conjunto, eles sobem, se eles cumprem os 2% e se estão em condições, mais tarde ou agora, de subir acima disso, no conjunto - em vez de estar a analisar um a um se cumprem ou não os 2% e se, mais tarde, podem subir para 3%", referiu.
Segundo o chefe de Estado, "essa é a visão" correta, porque "aos EUA o que interessa é que a Europa como um todo entre com 2%, ou mais tarde com 3%, o que importa é olhar para a Europa como um todo - e não estar a discriminar os bons e os maus dizendo que uns europeus entram mais, outros europeus entram menos".
Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que "colocar a questão dividindo países", numa altura em que "a Europa não arranca economicamente e tem problemas sociais", iria criar, pelo menos dentro de alguns países, "uma insatisfação social crescente e uma radicalização política crescente", o que "não é desejável".
"Se a ideia é ter a Europa unida em termos de objetivos comuns de Defesa e de segurança, e unida aos Estados Unidos, o pior que se pode fazer é dividir a Europa dentro dela e dividi-la dos Estados Unidos", defendeu.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, ex-primeiro-ministro dos Países Baixos, vai estar em Portugal na segunda-feira e tem previstos encontros com o Presidente da República, com o primeiro-ministro e com os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Nacional.
Com Lusa