O calendário foi definido a pensar exatamente na possibilidade de eleições antecipadas. Numa entrevista ao Expresso, publicada na íntegra esta sexta-feira, Pedro Nuno revela que o plano é lançar a iniciativa em abril, altura em que o Governo completa um ano de funções.
Os Estados Gerais devem depois estender-se por um ano, até abril de 2026. E por que razão é importante esta data? Antecipando um eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2026, o fim do processo no PS coincidiria precisamente com a realização das eleições antecipadas.
É que, recorde-se, nessa altura Marcelo Rebelo de Sousa estará no último semestre do mandato, pelo que já não poderá dissolver o Parlamento. Assim sendo, em caso de chumbo do OE, só o próximo Presidente da República poderá convocar eleições antecipadas, apontando para o início de maio.
Ainda que Pedro Nuno negue à partida essa predisposição, admite, na entrevista, que prevê a possibilidade da atual legislatura ruir.
“Não sabemos quando é que vai haver eleições, sendo que o PS tem que estar preparado”, admite.
Preparado, e com discurso alinhado, um novo programa eleitoral ficará aprovado durante os Estados Gerais.
“Quero que o PS apareça a falar de economia, trabalho, empresas, estado-social…”, diz.
A entrevista exclusiva ao Semanário Expresso será publicada na íntegra esta sexta-feira.