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AIMA quer contratar mais 400 funcionários este ano, agência faz 6 mil atendimentos por dia

A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) pretende contratar mais 400 profissionais para reforçar a capacidade de resposta aos pedidos de regularização de imigrantes. No entanto, a contratação ainda aguarda autorização do Ministério das Finanças.

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A AIMA continua sob grande pressão devido à elevada procura por parte dos imigrantes que querem regularizar a situação em Portugal. Atualmente, a agência realiza cerca de 6 mil atendimentos diários e, para agilizar o processamento dos pedidos, quer contratar mais profissionais nos próximos meses.

O presidente da AIMA diz que "estão em curso vários procedimentos concursais para reforçar o mapa de pessoal e garantir uma maior capacidade de resposta". De acordo com Pedro Portugal Gaspar, a agência está a planear um reforço de mais de 400 efetivos para este ano. Atualmente, a AIMA conta com 700 trabalhadores.

Grande parte dos imigrantes que obtiveram autorização de residência usaram o regime da manifestação de interesse, que terminou em junho do ano passado. No entanto, a embaixada do Paquistão considera que o fim deste mecanismo não representa um obstáculo à regularização.

"Cabe ao governo definir as leis. Quando o regime da manifestação de interesse estava em vigor, as pessoas usavam-no; agora que não está, há outras opções. A comunidade paquistanesa, assim como outras, seguirá as orientações do governo português. Além disso, a embaixada de Portugal em Islamabad está a funcionar bem", aponta Malik Umar da embaixada do Paquistão.

O responsável participou numa conferência sobre a integração da comunidade paquistanesa em Portugal, que já conta com cerca de 30 mil membros. A procura pelo país tem aumentado significativamente nos últimos cinco anos.

Outro fenómeno crescente é a chegada de menores desacompanhados. No ano passado, entraram em Portugal 185 jovens, a maioria entre os 15 e os 17 anos. Após procurarem os balcões da AIMA, foram encaminhados para o sistema de proteção de crianças e jovens em perigo.

De acordo com dados divulgados pelo jornal Público, a maioria destes menores veio da África Ocidental.