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Elevadores avariados no IPO de Lisboa adiam transplantes de medula óssea a duas crianças

O hospital oncológico confirma que o elevador que transporta macas da Unidade de Transporte de Medula "encontra-se inoperacional há uma semana no seguimento de uma vistoria da empresa responsável pela manutenção dos aparelhos.

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A avaria de um elevador na Unidade de Transplante de Medula no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa está a provocar o adiamento de transplantes. O hospital diz que aguarda por um relatório da empresa responsável pela reparação.

O problema já se arrasta há vários meses. No final do ano passado, doentes, profissionais e visitantes voltaram a queixar-se da falta de acessibilidade ao IPO. Oito elevadores estavam parados.

Na altura, o hospital oncológico confirmou que não se tratava de uma avaria mas de trabalhos de substituição. Agora um dos elevadores da Unidade de Transplante de Medula também deixou de funcionar.

A situação é denunciada pelas mães de duas crianças. O transplante com dador de uma menina de um ano foi adiado para março, mas ainda sem confirmação.

A outra criança, um menino de três anos, com um neuroblastoma de alto risco vai continuar a aguardar em casa pelo autotransplante de medula.

Contactado pela SIC, o IPO confirma que o elevador que transporta macas da Unidade de Transporte de Medula "encontra-se inoperacional há uma semana no seguimento de uma vistoria da empresa responsável pela manutenção dos aparelhos mas o hospital ainda não recebeu o relatório da avaliação do sistema de marcha".

Refere que existe outro elevador naquele edifício com capacidade para oito pessoas mas não permite o transporte de camas e garante que não foram cancelados transplantes a doentes pediátricos.

Assegura que estão a ser organizadas soluções internas alternativas que permitem manter a atividade de transplantação programadas noutros serviços designadamente nos serviços de Pediatria e de Hematologia.

As duas crianças vão continuar a aguardar em casa por uma solução. As mães pedem que seja o mais rápido possível, porque lembram, nestes casos, cada minuto conta.