O administrador da ULS Algarve - que inclui os hospitais de Faro e Portimão - demitido há três meses, vai exigir uma indemnização. Diz que foi exonerado por e-mail pela direção executiva da saúde sem qualquer justificação.
A decisão chegou a 30 de outubro por e-mail, perto das 22:00 horas, sem qualquer contexto nem justificação. No dia seguinte, João Ferreira completava um ano nas funções de presidente.
Nem um telefonema, nem tempo para esvaziar o gabinete. Uma atitude que o próprio interpretou à SIC como "má-fé" do então diretor executivo Gandra D'Almeida, e que motivou o pedido de indemnização feito pouco depois.
Ex-diretor vai avançar para a Justiça
O Jornal de Notícias avançou que o gestor pediu à ULS do Algarve 12 meses de salário. Mas, sem resposta, já decidiu avançar para a Justiça, revelou à SIC.
João Ferreira compara a situação à de um trabalhador que é despedido no último dia do período experimental e sem saber no que terá falhado.
Descrição idêntica feita também pelos outros membros exonerados. Embora pelo menos um deles diga que chegou a ser contactado, seis horas antes do e-mail, pelo próprio diretor executivo do SNS, em tom de ameaça.
O conselho de administração da ULS do Algarve é um dos 10 que a direção executiva do SNS já mudou neste Governo.