O processo contra Fernando Medina na Operação Tutti-Frutti foi arquivado esta terça-feira. O Ministério Público entende que não havia matéria para acusar o antigo autarca e ministro das Finanças.
Na primeira reação ao desfecho do caso, Medina lamenta o tempo que a Justiça demorou para o ouvir num processo que em março fará oito anos.
“Oito anos que não podem ser apagados, com consequências sobre mim e a minha família que, por via da minha exposição pública, não foram protegidos”, afirma.
O antigo autarca sublinha que sempre manifestou vontade em ser ouvido pela Justiça, e revela tristeza por tal só ter acontecido há três meses.
“Só há 3 meses fui constituído arguido e ouvido. E três meses depois o processo é arquivado pelo MP por entender que não havia matéria para acusação. Se tivesse sido ouvido antes, a minha vida teria sido muito melhor”, argumenta.
Lamenta ainda os “oito anos de notícias falsas” que, considera, procuraram criar na opinião pública “uma imagem muito diferente da realidade”.
“O processo está arquivado e tudo o que se especulou e insinuou, caluniou durante anos foi hoje arquivado”, acrescenta. Uma notícia que recebeu com “satisfação e naturalidade”.
Voltou ainda a insistir na sua inocência, garantindo que não cometeu nenhuma ilegalidade, “muito menos consciente de que a estivesse a cometer”. Deixa ainda uma palavra de reconhecimento aos adversários políticos que nunca utilizaram o processo para o atacar ou condicionar.
Sobre ambições políticas futuras, agora que o processo foi arquivado, nada disse.