A companhia aérea quer continuar a ter quer aviões da Ryanair a aterrar no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. No entanto, a tarefa parece estar a complicar-se.
“O aeroporto da Portela, em Lisboa, está a ser artificialmente bloqueado por restrições artificiais à capacidade que não existem. Há mais do que espaço suficiente na pista para mais voos. Achamos que o Governo e a ANA estão a restringir a capacidade desnecessariamente, enquanto protegem a TAP”, afirmou o CEO da Ryanair.
Para Michael O'Leary, aumentar taxas na Portela em 2026, para pagar a construção do aeroporto em Alcochete, seria um “absurdo”.
“Os passageiros da Portela não deviam estar a pagar Alcochete, 15 anos antes de Alcochete estar aberto. É absurdo.”
Mais rotas, aviões e promessas
Apesar do impasse, a Ryanair traz mais dois novos aviões para operar no país e vai criar 60 novos postos de trabalho. Nascem ainda quatro rotas já a partir do verão: uma do Porto e três da Madeira, nenhuma de Lisboa.
Se a Portela aumentar a capacidade, a Ryanair promete duplicar o tráfego de 13 para 27 milhões de passageiros por ano até 2030, além de criar 500 novos postos de trabalho. Até lá, a companhia aponta culpas ao Governo e à ANA.
À Ryanair juntam-se a Associação das Companhias Aéreas em Portugal e a Associação Nacional de Agências de Viagens, que consideram a proposta da ANA inaceitável.