O Ministério da Saúde ordenou a abertura de um inquérito ao caso da recusa de socorro do Hospital de Évora. Um homem sentiu-se mal à porta da urgência, mas o hospital recusou prestar ajuda e mandou ligar para o 112. Um advogado contactado pela SIC diz que podemos estar perante um caso de omissão de auxilio.
O caso indignou o país. Um homem sentiu-se mal e caiu, na manhã de terça-feira, a poucos metros do Hospital do Espírito Santo, em Évora.
Os bombeiros acorreram de imediato e foi pedido auxílio à unidade hospitalar, que terá respondido que era necessário ligar previamente para o 112.
O doente ficou mais de 20 minutos no chão à espera da ambulância que o transportou para o outro lado da rua para o serviço de urgência.
A tutela reagiu de imediato, solicitando à Inspeção-Geral das Atividade em Saúde (IGAS) uma avaliação do caso.
A Ordem dos Médicos também reagiu, mas ainda aguarda esclarecimentos do Hospital de Évora.
O bastonário recorda que Portugal é dos países onde a afluência às urgências hospitalares é maior e recomenda, por isso, que quem procede ao atendimento de chamadas telefónicas de utentes seja devidamente instruído para distinguir as exceções.
Este, como outros casos semelhantes, estão a coberto da lei.
O Ministério da Saúde, a Ordem dos Médicos e várias entidades que supervisionam o setor estão a avaliar o caso de Évora, mas fica por responder que procedimentos devem ser alterados para que se evitem situações análogas.