A Câmara Municipal do Porto declarou situação de carência habitacional em toda a cidade. De acordo com a Carta Municipal de Habitação, há 3.000 famílias em situação indigna, sendo que mais 20.000 casas estão desocupadas.
É um carimbo nada animador para o Porto. Depois de uma radiografia ao território, concluiu-se que há uma carência habitacional em toda a cidade, onde há cerca de 3.000 famílias a viver em condições indignas.
Os dados foram divulgados pela Carta Municipal de Habitação e são um ponto de partida para permitir ao município que se debruce sobre soluções habitacionais.
Mais de 20.000 casas desocupadas
Um dado que salta à vista é a existência de mais de 20.000 casas desocupadas na cidade e alguns vazios urbanos para construção nova.
A Carta Municipal define duas zonas de pressão urbanística: uma no centro histórico e Bonfim e outra na zona da Foz do Douro, duas áreas onde há maior dificuldade de acesso à habitação por escassez ou desadequação da oferta face às necessidades existentes. Ou porque as casas aportam valores acima dos suportáveis pela generalidade das famílias.
Da falta de habitação adequada à lista de famílias que esperam pela atribuição de uma casa até aos alojamentos vagos, as metas do executivo portuense são muitas e estão a ser traçadas.
Uma delas é a construção de 2.735 casas sociais até 2034.