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Doente com enfarte espera 36 horas: Hospital de Viana do Castelo investigado pelo Ministério Público

Um paciente denunciou a Unidade Local de Saúde do Alto Minho por alegadamente ter esperado 36 horas na urgência com sintomas de enfarte.

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Um homem com sintomas de enfarte diz que esperou um dia e meio no hospital de Viana do Castelo. Garante que começou por ser diagnosticado apenas com dores musculares e considerado doente não urgente. O tempo perdido, afirma, provocou-lhe limitações para o resto da vida que o impedem de trabalhar. Foi apresentada uma queixa-crime contra o hospital.

Foi a 18 de outubro de 2023que o homem de 48 anos deu entrada na urgência do hospital, com queixas de dores depois de um treino no ginásio. O doente suspeitava de um enfarte, doença que já tinha atingido o pai. Recebeu a pulseira amarela e foi medicado com analgésicos.

Mas os exames revelariam que se tratava de um enfarte do miocárdio. Ao fim de 36 horas, acabaria por ser transferido para o hospital de Braga, onde foi submetido a um cateterismo.

O homem contou à TVI que ficou com sequelas para o resto da vida que o impedem de trabalhar.

O caso está a ser investigado pelo Ministério Público na sequência de uma queixa-crime apresentada pelo doente.

A unidade local de saúde do Alto Minho revela que, no âmbito deste processo, foram entregues ao tribunal os registos clínicos. Esclarece ainda que abriu um inquérito interno para apurar os factos e avaliar procedimentos e que o doente não fez qualquer reclamação no hospital