Centenas de trabalhadores da administração local manifestaram-se, esta sexta-feira, em Lisboa por melhores salários. Queixam-se de que tudo está mais caro e não têm poder de compra.
Exigem o aumento de todos os salários em 15%, num mínimo de 150 euros; a valorização das carreiras e a revogação do sistema de avaliação. Deixam críticas ao Governo por aquilo que consideram ser uma "política de empobrecimento."
"Não podemos continuar num país em que mais de metade dos trabalhadores ganham até mil euros de salário bruto por mês”, defendeu o líder do PCP, Paulo Raimundo, que marcou presença no protesto.
“Há 17 a 18% de aumentos em habitação, eletricidade, gás, telecomunicações. Dá para perceber a situação dramática em que milhares de trabalhadores vivem”, afirmou o secretário-geral comunista.
Este mês, a função pública começou a receber a atualização salarial acordada com duas estruturas sindicais. O salário mínimo sobe para 878 euros, um aumento que os trabalhadores dizem ser irrisório e que não acompanha a subida da inflação. Se o Governo não responder às exigências, prometem voltar às ruas.