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Projeto "Água que une" pretende combater a seca e levar a água onde é mais necessária

Foram apresentadas cerca de 300 medidas e projetos para combater a seca, o desperdício de água e evitar as cheias. O projeto "Água que Une" tem previsto nos próximos 5 anos um investimento de 5 mil milhões de euros.

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Nos últimos anos, Portugal tem vivido em permanente seca, em alguns casos, seca severa. O problema chega a praticamente todo o território, mas é mais sentido no centro e no sul.

Depois de um diagnóstico da situação hídrica nacional, efetuado por um grupo de trabalho criado pelo Governo, menor e com o previsível aumento do consumo e as alterações climáticas, a situação ficará cada vez pior. "Água que Une", pretende combater a seca, levar a água onde é mais necessária e terminar com o desperdício.

“Pensar tudo o que é necessário fazer na água, no país, para passar de vivermos numa situação de contingência para uma situação de resiliência”, explica José Pedro Salema, da empresa de desenvolvimento e infraestuturas do Alqueva.

São cíclicas as cheias na bacia hidrográfica do Mondego, que afetam principalmente as margens do Ceira e a baixa de Coimbra. Para o mitigar, há muito estava prevista a barragem de girabolhos que chegou a ter alcatrão nos acessos

Poderá avançar agora, como empreendimento de fins múltiplos, com o principal objetivo de proteção civil, também para evitar situações catastróficas, como aquela que aconteceu em Valência , em outubro do ano passado.

No total, estão pensadas 14 novas barragens, num investimento de mil cento e oitenta e três milhões de euros. Está ainda prevista a intervenção em 12 barragens já existentes, num investimento que deverá atingir os 240 milhões de euros.

A barragem do Lucifecit será uma das que ficará com mais capacidade de armazenamento. A Barragem da Vigia, que abastece o concelho de Redondo, também está na lista para aumento de capacidade. Em anos de seca, a água já teve de ser racionada.

Um projeto ambicioso, com quase 300 medidas a serem implementadas.