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Famílias do Bairro Marinhas do Tejo vivem com receio de voltar do trabalho e já não ter casa

Face à incerteza e ao receio de que estas construções sejam demolidas quando os moradores estão no trabalho, o movimento Vida Justa está esta segunda-feira no bairro e falou com a SIC.

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Terminou o prazo dado pela autarquia de Loures às famílias do Bairro Marinhas do Tejo para saírem das barracas. O movimento Vida Justa teme que as demolições arranquem já esta segunda-feira.

Sem data definida para o início da operação, a Câmara de Loures não confirma se as demolições poderão avançar já.

Face à incerteza e ao receio de que estas construções sejam demolidas quando os moradores estão no trabalho, o movimento Vida Justa está esta manhã no bairro e falou com a SIC.

“Convocámos a mobilização seguindo um padrão de comportamento da Câmara”, explicou Gonçalo Filipe.

Em risco estão 20 famílias que moram neste bairro e que podem vir a ficar sem casa. À SIC, a autarquia esclarece que se disponibilizou para apoiar o pagamento da primeira renda e caução de um contrato de arrendamento, mas o Vida Justa defende que este apoio “não serve aos moradores”.

“Não conseguem sequer alcançar o preço da renda e alguns senhorios, ao conhecerem a sua história, não respondem ou desligam o telefone. É muito difícil celebrarem contrato de arrendamento para usufruir deste apoio”.

Este bairro em Loures não é caso único. Esta segunda-feira decorrem demolições também em Almada. A SIC esteve no Bairro da Penajóia e falou com um dos moradores. Osvaldo vivia no bairro há seis meses e foi agora realojado temporariamente num pavilhão, de onde vai ter de sair.