No Parlamento, o primeiro-ministro falava sobre mais investimento em defesa e o possível envio de militares portugueses para a Ucrânia, mas o ministro do setor escolheu o dia e a hora para outra guerra.
"O que hoje aqui se assinala... obras. Neste caso, o maior investimento em muitos anos na saúde militar", afirmou Nuno Melo, ministro da Defesa.
Obras... o sonho de qualquer ministro sobretudo antes de uma campanha eleitoral mesmo que estas ainda estejam para começar.
"Prevemos terminar a obra em 2027 e estar em pleno funcionamento para os utentes no inicio de 2028", garante o Brigadeiro-General Raúl Cabral Gomes.
O ministro da Defesa contrapõe que estas obras de um novo módulo cirúrgico no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, estão adiadas desde que um outro Governo dos mesmos partidos ia a meio do mandato.
Nenhuma palavra sobre os resultados do plano anunciado pela atual ministra da Saúde, depois da posse do Governo, para fazer do Hospital das Forças Armadas um centro de atendimento clínico para doentes menos urgentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O que não impediu que se falasse já em novos planos para colocar este hospital militar ao serviço dos civis.
A visita serviu também para o ministro da Defesa remeter para as chefias militares a elaboração de uma nova tabela de progressão nas carreiras e relembrar que está para publicação a recente decisão do Governo de pagar dedicação exclusiva aos médicos civis dos hospitais das Forças Armadas.