Manuel Pinho diz que não é o Pai Natal para recusar quase cinco milhões de euros que recebeu do Grupo Espírito Santo. Em dia de alegações finais do Caso EDP, no Tribunal da Relação, a defesa de Ricardo Salgado insistiu que a condenação do banqueiro tem de ser suspensa por causa da doença de alzheimer.
Condenado a 10 anos de cadeia pela primeira instância, Manuel Pinho veio ao tribunal da relação ouvir o advogado fazer a última tentativa para convencer os desembargadoresde que o ex-ministro não é corrupto.
O objetivo é desfazer a ideia de que Pinho recebeu dinheiro do Grupo Espírito Santo em troca de decisões favoráveis para o grupo de Ricardo Salgado.
Parte dos quase 5 milhões de euros foram pagos durante o tempo em que era ministro.
MP defende que penas da 1.ª instância são para manter
O Ministério Público defende que as penas da primeira instância são para manter, incluindo os seis anos e oito meses de prisão para Ricardo Salgado.
Reconhece o alzheimer do ex-banqueiro como uma evolução normal do envelhecimento e sobre a ida para a cadeia o procurador diz que é um assunto para ser tratado mais tarde pelo Tribunal de Execução de Penas.
Ainda não há data marcada para a decisão do recurso e, por isso, Manuel Pinho volta à prisão domiciliária onde está há mais de três anos.