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Tempo seco prejudicou colheitas, mas a chegada da Páscoa faz crescer procura pelo medronho de Monchique

A chegada da Páscoa faz crescer a procura por aguardente de medronho nas adegas tradicionais, mas em zonas como Monchique, no Algarve, os sucessivos verões secos reduziram a produção a um décimo do que é habitual. Foi a colheita mais fraca dos últimos anos e há destilarias a registar quebras na ordem dos 90%.

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O colapso na produção deste ano já se adivinhava muito antes da primavera. A seca e as alterações climáticas mexeram com o período de floração das árvores e agora os barris estão mais vazios que o costume.

A última safra do medronho rendeu às adegas da Associação de Produtores de Aguardente de Medronho do Barlavento Algarvio (APAGARBE) cerca de 150 litros de aguardente. Num ano normal, por esta altura, a associação tinha destilado entre 1.500 e 2.000 litros.

As expetativas para a próxima colheita são mais positivas, mas tudo vai depender do tempo.

Chegada da Páscoa faz crescer pedidos

Com a chegada da Páscoa, pouco falta para que as vendas de medronho comecem a crescer. Esta loja no centro de Monchique, por exemplo, recebe diariamente dezenas de turistas que aqui vêm experimentar o que se faz a partir deste fruto.

A procura é maioritariamente local, mas o mercado estrangeiro começa a ganhar cada vez mais expressão e atender à quantidade de pedidos, sobretudo em alturas festivas, nem sempre é fácil. Ainda assim, os produtores garantem que há stock para o resto do ano.